quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Indicadores de Referência de Bem-Estar nos Municípios - IRBEM


ODED GRAJEW
Felicidade sustentável
Só teremos um modelo de desenvolvimento sustentável, se houver ampla reflexão sobre a felicidade e do que precisamos para sermos felizes
A maioria dos cientistas e dos indicadores nos mostra que o atual modelo de desenvolvimento está esgotando os recursos naturais, aquecendo o planeta, dizimando a biodiversidade, derrubando nossas florestas, transformando terras férteis em desertos, poluindo o ar e as águas, aumentando a desigualdade, incentivando o desemprego e os empregos precários, fomentando a competição e a violência, solapando a democracia e a confiança nas instituições e nos governos e piorando a qualidade de vida, no campo e nas cidades.
Foi vendida a ideia de que o caminho da felicidade passa pelo consumo, pela aquisição da roupa de grife, do carro do ano, do último modelo de celular ou do eletrodoméstico. É o consumo e o acúmulo de bens sem limites e nunca saciados que propulsionam esse modelo suicida de desenvolvimento.
A Rede Nossa São Paulo desenvolveu o Irbem (Indicadores de Referência de Bem-Estar nos Municípios) para avaliar a qualidade de vida nas cidades. Para montar os indicadores, perguntou aos habitantes quais seriam os itens importantes para sua qualidade de vida.
A maioria respondeu que a felicidade é ter uma boa, carinhosa e fraterna convivência com a família, os amigos e a comunidade; uma relação amorosa saudável; equilíbrio entre trabalho e vida pessoal; acesso à educação e transporte público de qualidade; proximidade da natureza; frequentar cinema, espetáculos, teatros e museus; hospital e posto de saúde perto de casa; melhor convivência com animais; vida espiritual rica; prática de atividades físicas; ações comunitárias e a chance de viver numa sociedade solidária e segura (veja a pesquisa completa em www.nossasaopaulo.org.br).
É claro que condições materiais razoáveis de vida são importantes, e é fundamental que as políticas públicas objetivem proporcionar essa realidade para todos. Mas centrar a felicidade no consumo e no acúmulo de bens é insustentável.
Ao olhar todos os apelos que hoje relacionam consumo à felicidade, é de se perguntar: como fizeram antigas gerações, antes de todas essas invenções, para serem felizes? Como fazem as pessoas sem carros ou sem últimos modelos para serem felizes? Por que muitas pessoas que têm todos esses bens são infelizes?
Em vez de promovermos investimentos e empregos em atividades artísticas, culturais e educacionais que favoreçam a saúde e o bem-estar; apoiem idosos, pessoas com deficiência, crianças e populações menos favorecidas; priorizem o transporte público de qualidade; preservem a natureza e apostem na pesquisa médica e no desenvolvimento de energias sustentáveis, concentramos nossos esforços em produzir bens de consumo que rapidamente tornamos obsoletos para podermos, enfim, consumir suas novas versões.
Só teremos um modelo de desenvolvimento sustentável que preserve o planeta, reduza a desigualdade e promova a paz, a solidariedade e a qualidade de vida das pessoas e das futuras gerações, se houver uma ampla reflexão pessoal e coletiva sobre a felicidade, sobre o que realmente precisamos para sermos felizes. E se essa reflexão pautar a vida das pessoas, empresas, instituições e governos.

quinta-feira, 31 de outubro de 2013

A utilidade do Plano Diretor - JOÃO WHITAKER

Seria necessário priorizar a questão da segregação, prevendo nos corredores adensados estoques de terras públicas para fins sociais
Na proposta de Plano Diretor que se discute em São Paulo, focou-se o desequilíbrio entre os lugares de trabalho e de residência e a exagerada centralização econômica no eixo sudoeste. Concentrando ali a infraestrutura e as atividades econômicas, a cidade perpetrou um desequilíbrio estrutural, fazendo com que os que lá trabalham tenham que enfrentar demorados deslocamentos.
Quanto mais pobre a pessoa, mais longa e penosa a viagem. Como as políticas públicas sempre priorizaram o automóvel, que corresponde a apenas 30% das viagens diárias, a pendularidade dos deslocamentos associada à falta de uma rede de transporte de massa acabaram por colapsar a cidade.
Além disso, um planejamento urbano pouco efetivo e a ausência de regulação da atividade construtiva fizeram com que a cidade crescesse aleatoriamente, no ritmo das oportunidades imobiliárias. Chegou-se ao ponto em que o licenciamento de novos prédios foi simplesmente entregue à corrupção. Com isso, pululam shoppings centers inúteis, desfigura-se o pouco que resta dos bairros assobradados, destroem-se as áreas ambientalmente frágeis e inflama-se uma bolha de valorização.
A proposta do plano é concentrar os lançamentos construtivos apenas ao longo dos corredores expressos de ônibus, que devem multiplicar-se e passar a estruturar os deslocamentos na cidade. A oferta de prédios nesses eixos permitiria ter mais gente próxima ao transporte público, aumentando a mobilidade.
Se a lógica faz sentido, há obstáculos a superar. O principal é que o problema identificado não é o mais grave. O que realmente perverte a cidade é a própria lógica da urbanização, que no ato mesmo em que se produz, segrega os mais pobres para o mais longe possível, em um apartheid urbano. A implosão da cidade, pelo tensionamento econômico e social decorrente, já começou.
Adensar ao longo dos corredores permitindo um alto coeficiente construtivo, sem estoques limitadores, vai gerar forte verticalização nesses eixos, porém sem nenhuma garantia de que, com o aumento de prédios, seja dado lugar também aos mais pobres. Limitar o tamanho dos apartamentos, em um contexto de hipervalorização imobiliária, apenas aumentará o preço do metro quadrado. O que teremos será uma cidade um pouco mais racional e fluida, porém ainda uma cidade só para as classes média e alta.
O Plano Diretor proposto é tímido ao enfrentar a lógica do apartheid. Os instrumentos do Estatuto da Cidade continuam sendo empurrados para regulamentação posterior. Ele não rompe paradigmas, pois para isso seria necessário colocar a questão da segregação como prioridade absoluta, prevendo nos corredores adensados estoques de terras públicas para fins sociais.
Estamos no equilíbrio tênue entre romper o modelo da exclusão e construir cidades mais humanas ou deslizar de vez para a barbárie urbana, se é que já não o fizemos. Planos Diretores servem muito pouco, pois no Brasil podem ficar engavetados por anos sem maiores consequências, como ocorreu em São Paulo. Está nas mãos dos nossos vereadores a oportunidade de tornar o de São Paulo algo verdadeiramente útil, capaz de acabar com a cidade do apartheid, e mostrando ao Brasil o caminho para evitar a tragédia urbana que aflora.

Três poderes e uma cidade - PHILIP YANG

Empreendimentos "exclusivos", cercados por muros, tendência do mercado imobiliário, precisam dar lugar a projetos "inclusivos"
Em qualquer sociedade democrática moderna, o processo de urbanização resulta da interação de três poderes: o político, o econômico e o social. Uma intervenção urbana, quando realizada unilateralmente por apenas um dos poderes, terá menos condições de viabilidade, resiliência e legitimidade do que os projetos devidamente costurados pelos três.
É o equilíbrio dessas forças que determina o sucesso e a sustentabilidade do "fazer cidade". Não será diferente em São Paulo: o tripé de forças será vital para a transformação urbana de que precisamos.
O poder econômico, representado pelas grandes construtoras e incorporadoras e pelo mercado de capitais, dará contribuição fundamental se fomentar empreendimentos que promovam tecidos urbanos de uso misto com vastos espaços públicos, que combinem moradia digna, trabalho, comércio e serviços --espaços mais densos e menos dependentes do uso de carros.
Empreendimentos "exclusivos", cercados por muros, tendência do mercado imobiliário, precisam dar lugar a projetos "inclusivos", pois a geração de bens coletivos --parques, bulevares, calçadas-- exponenciará a geração do valor econômico de suas construções.
O poder social, fortemente empoderado pelas mídias sociais e movimentos de rua, será tanto mais legítimo e construtivo quanto mais for capaz de consolidar agendas positivas e transformar sua voz em vetor de aprofundamento da democracia.
Plataformas deverão ser constituídas de forma que as decisões sobre temas em diferentes escalas --de comunidades e bairros, passando por grupos de interesse, até o plano municipal e metropolitano-- possam contar com a participação popular.
O poder político, por meio do novo Plano Diretor Estratégico (PDE), tem hoje a prerrogativa de instituir um marco regulatório que poderá corrigir as grandes assimetrias que marcam a (des)organização espacial da cidade: a falta de moradia em zonas em que é grande a oferta de emprego, o subaproveitamento do solo nos entornos dos grandes eixos viários e infraestruturais, a escassez de espaços públicos de qualidade, a carência de zonas de uso misto e de renda mista, a baixa permeabilidade e arborização.
A minuta do PDE e o seu debate na Câmara Municipal poderão ensejar a grande convergência entre os três poderes de que São Paulo precisa. Há méritos e inconsistências na proposta, e o texto ainda requer ajustes. Esse processo poderá constituir um pacto em torno dos objetivos que nos levará à reinvenção da cidade, ou a uma "colcha de retalhos" produzida por interesses particularistas que agravará os problemas urbanos.
Entre as cidades globais, São Paulo é a que detém o maior estoque de terrenos ociosos ou subutilizados, situados em áreas centrais. Essa condição fundiário-urbana única representa uma chance histórica de promovermos um novo ordenamento espacial para a cidade.
O grande pacto de que necessitamos é o que permitirá que avanços concretos como o Casa Paulista, o Arco Tietê, o Parque Tecnológico do Jaguaré e outros projetos de grande escala sejam possíveis: um pacto entre forças sociais, econômicas e políticas e um alinhamento entre União, Estado e município que impulsionem a economia criativa, a atração dos melhores cérebros e a implantação aqui dos empreendimentos mais inovadores, para que a cidade se posicione estrategicamente na terceira revolução industrial em curso no mundo.
As cidades projetam no território aquilo que somos como sociedade. Resta-nos encontrar nossa melhor forma de expressão coletiva para a construção da cidade que queremos.

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Ônibus rápido e carro congestionado é democracia: EX-PREFEITO DE BOGOTÁ ENRIQUE PEÑALOSA DEFENDE PISTAS EXCLUSIVAS PARA COLETIVOS E DIZ QUE ÚNICO JEITO PARA TRÂNSITO É RESTRINGIR AUTOMÓVEIS

Ex-prefeito de Bogotá, o economista Enrique Peñalosa, 59, entusiasma-se com o fato de os protestos de junho terem colocado a mobilidade urbana em pauta no Brasil, porque a questão simboliza "liberdade" e "equidade".
Responsável por implementar o amplo sistema de corredores de ônibus da capital colombiana há mais de uma década, faz defesa enfática da expansão das faixas de ônibus em São Paulo pelo prefeito Fernando Haddad (PT).
"Quando um ônibus passa ao lado de carros engarrafados, temos um símbolo de democracia. O interesse coletivo está acima do particular", afirma Peñalosa.
Leia trechos da entrevista concedida à Folha:
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O prefeito de São Paulo acelerou a implementação de faixas exclusivas para ônibus, mas há críticas à falta de ajuste das linhas e às interferências de carros. O que acha?
Enrique Peñalosa - Não posso entrar nos detalhes técnicos de São Paulo, pode haver erros na implementação técnica, mas admiro o prefeito por dar importância aos corredores de ônibus. O mais importante em uma discussão é a estratégia. Pode haver erros na tática, mas não na estratégia. A dificuldade para solucionar o problema do transporte não é técnica nem econômica.
Podem fazer mais duas ou três linhas de metrô, e não vai consertar o trânsito, pode-se fazer mais vias, e não vai consertar. Os ônibus com faixa exclusiva e os metrôs podem consertar o problema da mobilidade, mas não dão jeito no trânsito. A única maneira de dar um jeito no trânsito é com restrições ao uso dos carros. E a restrição mais óbvia de todos é a de estacionamento. Em São Paulo ainda há muitas ruas em que os carros podem estacionar.
Com metrô ou sem metrô, nunca será possível resolver o tema da mobilidade sem um bom sistema de ônibus.
A prefeitura deve revisar ou não a decisão de permitir que táxis com passageiros utilizem os corredores e faixas?
Não se deve permitir os táxis. Pode ser que em algumas situações isso não seja um problema, e teriam de ser estudados os detalhes técnicos, mas, a princípio, nada que provoque a mais mínima demora aos ônibus deve ser permitido. Um táxi leva uma pessoa e um ônibus pode levar até cem passageiros: o segundo tem direito a cem vezes mais espaço.
Além do mais, em sociedades tão desiguais como as nossas, se damos privilégios aos táxis terminaremos com um sistema onde os ricos têm um táxi com contrato permanente, ou quase permanente.
O sr. é defensor da expansão do uso da bicicleta. Por que é mais que uma causa de classe média ou de fim de semana?
O transporte é diferente de todos os demais desafios que temos na nossa sociedade. Diferentemente da saúde ou da educação, tende a piorar à medida que nos tornamos mais ricos. Se amanhã São Paulo exibir o dobro da renda per capita atual, haverá melhora nesses itens, mas o transporte vai ser pior, a não ser que mudemos de modelo.
Quando falamos de bicicletas, não estamos falando que vão substituir os ônibus, os trens nem nada disso. Mas as bicicletas podem chegar a ter uma porcentagem importante das viagens. Hoje em São Paulo menos de 1% da viagens são feitas em bicicleta. Se chegarem a ser 10%, seria uma revolução. As ciclovias protegidas não são um detalhe arquitetônico simpático, mas um direito.
De novo, estamos falando de democracia. Quando um ônibus passa ao lado de carros engarrafados, temos um símbolo de democracia. O interesse coletivo está acima do particular.
[Bicicleta] não é uma pauta [de classe média]. Em Bogotá, os que mais usam são os mais pobres, que economizam: uma pessoa que ganha salário mínimo e consegue usar bicicleta economiza entre 15% e 20% de sua renda.
O aumento da passagem em São Paulo foi o estopim das manifestações de massa de junho, e uma proposta central foi a gratuidade do transporte. O sr. acha viável?
É interessante que os protestos surjam ao redor da mobilidade porque a mobilidade é uma nova expressão de liberdade. Tem a ver com equidade. Mais importante do que a luta pela gratuidade, agora, é lutar por uma distribuição mais democrática do espaço viário, que dê mais e melhor espaço aos pedestres, mais corredores de ônibus, ciclovias protegidas. É a luta mais importante agora.
É importante subsidiar o transporte público, na melhor das hipóteses com recursos cobrados do uso do carro, porque quem mora mais longe do trabalho em geral é mais pobre. Mas transformar o transporte em totalmente grátis é muito difícil. Não conheço nenhuma parte do mundo em que isso tenha sido feito em larga escala.

Fonte: Folha, FLÁVIA MARREIRO, DE SÃO PAULO.

terça-feira, 17 de setembro de 2013

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Montadoras devem ter metas para emissão de CO²

Ao refletir sobre o efeito estufa, logo vem à mente o dióxido de carbono e os veículos automotores. Assim, uma lei paulistana, de 2009, pretende diminuir a emissão de CO², eliminando os subsídios aos combustíveis fósseis e criando incentivos à geração e uso de energias renováveis na capital paulista.
O artigo 5º da Lei Municipal 14.933, de 5 de junho de 2009, que institui a Política de Mudanças do Clima no Município de São Paulo, estabeleceu que para “...a consecução do objetivo da política ora instituída, fica estabelecida para o ano de 2012 uma meta de redução de 30% (trinta por cento) das emissões antrópicas agregadas oriundas do município, expressas em dióxido de carbono equivalente, dos gases de efeito estufa listados no Protocolo de Quioto (anexo A), em relação ao patamar expresso no inventário realizado pela prefeitura de São Paulo e concluído em 2005.”.
A política de mobilidade urbana deve incorporar medidas para a mitigação dos gases de efeito estufa, bem como de outros poluentes e ruídos, com foco na racionalização e redistribuição da demanda pelo espaço viário, na melhoria da fluidez do tráfego, na diminuição dos picos de congestionamento e no uso de combustíveis renováveis.
Para tanto, a prefeitura deveria promover medidas de gestão e planejamento, tais como: a) internalização da dimensão climática no planejamento da malha viária e da oferta dos diferentes modais de transportes; b) instalação de sistemas inteligentes de tráfego para veículos e rodovias, objetivando reduzir congestionamentos e consumo de combustíveis; c) promoção de medidas estruturais e operacionais para melhoria das condições de mobilidade nas áreas afetadas por polos geradores de tráfego; d) estímulo à implantação de entrepostos e terminais multimodais de carga preferencialmente nos limites dos principais entroncamentos rodoferroviários da cidade, instituindo-se redes de distribuição capilar de bens e produtos diversos; e) monitoramento e regulamentação da movimentação e armazenamento de cargas, privilegiando o horário noturno, com restrições e controle do acesso ao centro expandido da cidade; f) restrição gradativa e progressiva do acesso de veículos de transporte individual ao centro, excluída a adoção de sistema de tráfego tarifado, considerando a oferta de outros modais de viagens; e g) restrição à circulação de veículos automotores pelos períodos necessários para evitar a ocorrência de episódios críticos de poluição do ar, visando também à redução da emissão de gases de efeito estufa.
Ainda segundo a lei, a Prefeitura deve instituir modelos para ampliar da oferta de transporte público e estímulo ao uso de meios de transporte com menor potencial poluidor e emissor de gases de efeito estufa, com ênfase na rede ferroviária, metroviária, do trólebus, e outros meios de transporte que utilizam de combustíveis renováveis. Além disso, busca também estimular o transporte não-motorizado, com destaque para a implementação de infraestrutura e medidas operacionais para o uso da bicicleta, valorizando a articulação entre modais de transporte, adoção de medidas de atração do usuário de automóveis para a utilização de transporte coletivo, criação de corredores segregados e faixas exclusivas de ônibus coletivos e trólebus. Na impossibilidade desta implantação por falta de espaço, medidas operacionais que priorizem a circulação dos ônibus, nos horários de pico, nos corredores do viário estrutural e regulamentar a circulação, parada e estacionamento de ônibus fretados, bem como criar bolsões de estacionamento para este modal a fim de incentivar a utilização desse transporte coletivo em detrimento ao transporte individual.
No que tange ao tráfego, a lei estabelece que a prefeitura deveria planejar e implantar faixas exclusivas para veículos, com taxa de ocupação igual ou superior a dois passageiros, nas rodovias e vias principais ou expressas, estabelecer programas e incentivos para caronas solidárias ou transporte compartilhado e reordenar e escalonamento de horários e períodos de atividades públicas e privadas.
Com referência às emissões, a lei estabelece que: “a) determinação de critérios de sustentabilidade ambiental e de estímulo à mitigação de gases de efeito estufa na aquisição de veículos e motocicletas da frota do poder público municipal e na contratação de serviços de transporte, promovendo o uso de tecnologias que possibilitam o uso de combustíveis renováveis; b) promoção de conservação e uso eficiente de energia nos sistemas de trânsito; c) implementação de Programa de Inspeção e Manutenção Veicular para toda a frota de veículos automotores, inclusive motocicletas; d) estabelecimento de limites e metas de redução progressiva e promoção de monitoramento de emissão de gases de efeito estufa para o sistema de transporte do município; e) interação com a União e entendimento com as autoridades competentes para o estabelecimento de padrões e limites para emissão de gases de efeito estufa proveniente de atividades de transporte aéreo no município, de acordo com os padrões internacionais, bem como a implementação de medidas operacionais, compensadoras e mitigadoras.”
A referida Lei, no artigo 7º (Energia), estabelece que serão objeto de execução coordenada entre os órgãos do poder público municipal as seguintes medidas:
“I - criação de incentivos, por lei, para a geração de energia descentralizada no Município, a partir de fontes renováveis;
II - promoção de esforços em todas as esferas de governo para a eliminação dos subsídios nos combustíveis fósseis e a criação de incentivos à geração e ao uso de energia renovável;
III - promoção e adoção de programas de eficiência energética e energias renováveis em edificações, indústrias e transportes;
IV - promoção e adoção de programa de rotulagem de produtos e processos eficientes, sob o ponto de vista energético e de mudança do clima;
V - criação de incentivos fiscais e financeiros, por lei, para pesquisas relacionadas à eficiência energética e ao uso de energias renováveis em sistemas de conversão de energia;
VI - promoção do uso dos melhores padrões de eficiência energética e do uso de energias renováveis na iluminação pública.”
O inciso II supra, pregoa a eliminação dos subsídios nos combustíveis fósseis, ou seja, dos derivados de petróleo e gás natural, tais como: diesel, gasolina, GLP, óleo, GNV, entre outros.
Em 1983, o município de São Paulo testou dez ônibus convertidos para o uso com biogás. Houve de fato um crescimento da frota em curto prazo, porém logo seguido de retração.
A substituição dos combustíveis fósseis por combustíveis renováveis para os veículos automotores não é uma tarefa fácil, pois a eliminação dos subsídios desses combustíveis poderia causar danos irreparáveis à economia do país.
Em 1998, o município de São Paulo registrou a maior frota de ônibus a gás natural do Brasil - 246 veículos -, correspondendo a cerca de 2% da frota de ônibus urbanos da cidade. No entanto, em 2005, restavam apenas 40 ônibus a gás em circulação.
Em 2005, mesmo com proposta de redução do ICMS de 12% para 7% na troca dos ônibus movidos a diesel por GNV - Gás Natural Veicular pelo CONFAZ (Conselho Nacional de Política Fazendária), houve redução da frota de ônibus a gás no município de São Paulo. À época, foram atribuídos problemas tecnológicos dos veículos, de inadequação da qualidade do gás disponível, de falta de infraestrutura de distribuição do gás, de logística de abastecimento e de outros custos.
Atualmente, um dos maiores entraves encontrados no país é a falta de infraestrutura em todos os segmentos. No caso, a disponibilidade de fornecimento de combustíveis fósseis e renováveis depende unicamente da política energética brasileira e das diretrizes estabelecidas pelo Governo Federal para administrar e explorar esses recursos no território nacional, visto que a competência legislativa para dispor sobre energia é da União Federal, consoante o artigo 22, inciso IV da Constituição Federal, 1988.
A Constituição Federal define a competência exclusiva da União para explorar os serviços e instalações de energia elétrica (artigo 21, XII, b), inclusive a energia elétrica. Esta fonte energética é gerada a partir das seguinte fontes renováveis e não-renováveis, tais como: hidráulica, gás natural, petróleo, carvão, nuclear, biomassa, eólica, solar, geotérmica, marítima e biogás. Neste caso, a maior oferta de gases renováveis esbarra na distribuição de gases canalizados, entre elas biomassa, biogás e gás natural, entre outros, cuja competência é exclusiva do Governo Estadual.
Quando trata-se de combustíveis fósseis e renováveis, a Lei Municipal nº 14.933, de 2009 é excelente, mas tropeça nas competências da União e do Estado.
A solução, que independe de infraestrutura, seria ir diretamente à fonte da emissão, ou seja, regulamentar as montadoras de veículos automotores, adotando metas de emissão do gás de efeito estufa.
Atualmente, o Brasil não estabelece metas para as emissões de CO² dos veículos automotores. Europa, Estados Unidos, Japão e até a China já estabeleceram limites de emissão de CO². Assim, os fabricantes que não atingirem o limite estabelecido serão punidos com a sobretaxação de seus veículos automotores.
Neste sentido, está em trâmite na Câmara dos Deputados o Projeto de Lei do Senado (PLS) nº 38, de 15 de fevereiro de 2011, que altera a Lei nº 8.723, de 28 de outubro de 1993 e dispõe sobre a redução de emissão de poluentes por veículos automotores, para tornar obrigatória a divulgação, no Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo (CRLV) e na nota fiscal, da quantidade de emissão dos gases poluentes e de gás carbônico (CO²), gás de efeito estufa, emitidos na atmosfera pelos veículos automotores,.
Portanto, para alcançar os índices de redução propostos pela Lei Municipal nº 14.933, de 5 de junho de 2009, as montadoras de veículos automotores, estabelecidas no Brasil, deveriam praticar os mesmos índices da Europa, conforme prevê o PLS nº 38, de 2011, poder-se-ia ter um efetivo controle na emissões de CO² dos veículos automotores, segundo o site Automotive Business: “Grande parte dos avanços tecnológicos da indústria automotiva foi promovida pelo aperto das legislações de emissões e segurança. Sem esse aperto, a indústria perde muito de sua motivação e tende sempre a buscar o menor custo e o maior lucro possível. É a lei de mercado, que só pode ser regulada pelo governo.” .
Cid Tomanik Pompeu Filho é advogado especialista no mercado de óleo e gás e consultor de empresas na estruturação e negociação de contratos de fornecimento de gás natural

Revista Consultor Jurídico, 28 de agosto de 2013

Jason Box - Mudanças Climáticas

www.abraao.com

terça-feira, 16 de abril de 2013

Economia Verde - José Eli Veiga

"A Economia Verde é imediatista"
Camila Nobrega, do Canal Ibase
José Eli da Veiga / Foto: Paulo Fridman
Durante mais de um século, multiplicaram-se teorias econômicas que não levavam em conta a natureza em cálculo algum. Atualmente, porém, só cresce o número de economistas que começam a olhar para a economia não como um sistema isolado, mas como parte de um todo, submetida às leis da natureza e aos impactos que causa nos homens. São os chamados economistas ecológicos, que propõem uma visão mais ampla do sistema. Entre as principais referências do tema no país está o economista e professor da Universidade de São Paulo (USP) José Eli da Veiga, autor de 21 livros, que assina a abertura do livro “O Decrescimento – entropia, ecologia, economia”, lançado mês passado pela editora Senac. É a primeira tradução em português da obra do matemático e economista romeno Georgescu-Roegen, cujo pensamento foi renegado por décadas entre os círculos da área e, agora, está sendo retomado. Nesta entrevista, José Eli fala não apenas da teoria de Georgescu, como do crescimento da Economia Ecológica em si, em oposição à Economia Verde.
Canal Ibase – Qual o significado da chegada da obra de Georgescu-Roegen ao Brasil?
José Eli da Veiga – Muitos jovens ainda hoje saem das faculdades de Economia do país sem ter lido a obra dele. Na década de 1970, Roegen publicou livros e artigos importantes que não foram reconhecidos pela academia. A incorporação da Lei da Entropia (2ª lei da termodinâmica, cuja essência é a degradação da energia em sistemas isolados) na economia, proposta pela primeira vez por ele, não foi bem aceita e Georgescu foi posto de lado. Nos últimos tempos, ele tem sido revisto, mas no Brasil só havia obras circulando em francês, o que dificultava o acesso de alunos. Consegui, finalmente, que este autor fosse publicado em português. Ele foi um gênio, precisa ser mais lido.
CI – Embora ele mesmo nunca tenha usado essa denominação, Roegen foi uma das principais inspirações para o movimento da Economia Ecológica. Como o pensador via a questão do limite da natureza para o crescimento da economia?
JEV – Não se trata exatamente de limites, como alguns economistas falam hoje. O foco dele era outro. Georgescu teve, ainda nos anos 1960, um estalo sobre a Lei da Entropia. Ele jogou luz sobre o fato de que os economistas lidavam com a produção econômica como algo independente, isolado. Os recursos naturais eram vistos como infinitos, e por isso não entravam na conta. Só que este romeno percebeu a relação de interdependência entre ambos. A Lei da Entropia não pode simplesmente ser descartada, porque ela age sobre a economia.
CI – Ou seja, ele percebeu que existe uma perda de energia associada aos processos econômicos, certo? E há energia dissipada que nunca se recupera…
JEV – Sim, o foco dele não é sobre o esgotamento de recursos. Ele é anterior à discussão sobre mudanças climáticas, que está em voga hoje. Georgescu se debruçou sobre o fato de que os recursos naturais têm uma energia que se dissipa, à medida que são usados pela economia. No início da carreira, ele tinha o foco de estudo voltado para o consumo. Depois, percebeu que precisava se dedicar à questão da produção. E concluiu que, uma vez utilizados para a produção de algo, os recursos terão uma parte de energia que nunca mais será utilizada. É uma parte que se perde no processo. Mas os cálculos de produção na economia não levam isso em conta. Tomemos como exemplo as energias fósseis. Para Georgescu, o limite do crescimento se daria ao passo que a utilização delas reduziria a quantidade de energia inicial do processo.
CI – Mas o pensamento dele ainda não chegou à esfera prática da economia. Em conferências internacionais sobre o meio ambiente e o desenvolvimento sustentável, como a Rio+20, Conferência da ONU realizada ano passado, esta abordagem não passou nem perto das salas de conferência…
JEV – Eu não esperava mesmo que um encontro como a Rio+20 discutisse esse tipo de assunto. Ocorre que os prazos dessa discussão proposta por Georgescu talvez sejam séculos. Não sabemos quando vai acontecer, mas a perda gradual desses recursos naturais vai levar a um ponto máximo. Na Rio+20, discutem-se soluções mais imediatas. A transição de que se fala nessas salas de conferência é outra, que as Nações Unidas chamaram de Economia Verde. Já Georgescu foi um dos pais da Economia Ecológica, que defende uma outra transição, não apenas tecnológica. Ele acredita também que, em algum momento, haverá decrescimento. A economia, segundo ele, não poderá se manter apenas estável.
CI – E, dentro da Economia Verde, as propostas são de adequações mais simples. Não há uma grande mudança de paradigma econômico, certo?
JEV – É outro foco. Na discussão atual, existe uma crença de que vai haver descolamento entre crescimento do PIB (Produto Interno Bruto, a medida de riqueza mais utilizada como parâmetro de comparação no mundo) e os impactos ambientais. A ideia é que o avanço tecnológico vai permitir a manutenção do crescimento econômico. Ou seja, a tese da Economia Verde é que, em determinado momento, o PIB poderá continuar aumentando e os impactos vão diminuindo. Para isso, economistas desta corrente apresentam dados sobre queda de emissões de carbono por unidade de produção. Na prática, significa que para cada unidade produzida, a quantidade de carbono usada diminuiu. Mas isso só serve em termos relativos. Quando pegamos o conjunto total, como a produção aumenta, a quantidade absoluta também cresce.
O impacto na atmosfera, portanto, continua aumentando e muito. O único argumento novo que deve ser analisado ainda é em relação à Inglaterra. Estudos recentes mostram que o país está conseguindo manter o PIB em crescimento, reduzindo as emissões.

CI – Mas, nesse caso, estamos falando de um país com um desenvolvimento mais avançado, e com condições de apostar em inovações tecnológicas. No entanto, se as nações mais pobres dependerem de tecnologias que não podem bancar, sem que haja transferência, como elas farão?
JEV – Aí está o problema. Será que a humanidade resolverá os novos desafios tratando o problema com as mesmas receitas antigas. Nesse caso, não se atacam os sintomas. A Inglaterra é um caso de economia madura, e parece que o mesmo processo pode estar acontecendo também na Holanda. Mas o cenário encontrado lá não é o mesmo de países pobres. Será possível apostar nesse modelo, e que todos os países alcançariam uma maturidade que os permitiria crescer, reduzindo, por meios tecnológicos, os impactos ambientais?
CI – Ainda assim, este pensamento não leva em conta os impactos sociais associados ao crescimento econômico desenfreado. Estas questões fazem parte da Economia Ecológica?
JEV – Sim, a economia não pode ser vista como um sistema isolado nem das questões ambientais, nem sociais. Estamos falando sempre de uma mesma coisa. No caso da Inglaterra, por exemplo, estamos falando de uma economia madura em vários sentidos. É uma sociedade cujo acesso a serviços é outro, onde há um parâmetros de educação, saúde mais elevados e compartilhados pela população. Não é a economia em si, isoladamente, que levará nações a reduzirem impactos socioeconômicos significativos.
(Canal Ibase)

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http://mercadoetico.terra.com.br/arquivo/a-economia-verde-e-imediatista/

domingo, 7 de abril de 2013

Agrotóxicos


Agrotóxicos.1

Liberação de agrotóxicos foi irregular, diz Procuradoria. Brasil aprovou produtos mais tóxicos do que equivalentes já no mercado Mudança ocorreu depois que procurador da AGU orientou Anvisa a registrar produtos mais nocivos à saúde REYNALDO TUROLLO JR. DE SÃO PAULO Maior consumidor de agrotóxicos do mundo, o Brasil passou a liberar em 2012, de forma irregular, registros de defensivos mais nocivos à saúde, segundo o Ministério Público Federal. A Procuradoria afirma estar equivocado o parecer da Advocacia-Geral da União (AGU) que mudou no ano passado a interpretação da Lei dos Agrotóxicos, de 1989. Até 2012, com base nessa lei, agrotóxicos mais danosos à saúde do que outros já no mercado com o mesmo fim e princípio ativo -os chamados produtos de referência- não podiam ser liberados. Mas um parecer da AGU mudou a prática. Ao menos dois produtos mais tóxicos que os de referência foram registrados. A mudança atendeu a pedido da empresa CCAB Agro, que questionou a Anvisa porque estava prestes a ter um produto barrado por ser mais tóxico que o de referência. Em resposta, o procurador Victor de Albuquerque e seu chefe, Maximiliano de Souza, orientaram a Anvisa a liberar agrotóxicos nessas condições, sob o argumento de que decreto de 2002 limitava a exigência de menor toxicidade a defensivos com princípio ativo novo no país. A CCAB obteve então o registro do produto Acetamiprid CCAB 200 SP. PARECER TÉCNICO A mudança foi revelada pela Folha em novembro, na esteira das denúncias feitas pelo ex-gerente de toxicologia da Anvisa Luiz Cláudio Meirelles, exonerado enquanto fazia apurações internas. Após a reportagem, o Ministério Público Federal abriu investigação sobre o caso e concluiu que o parecer está em desacordo com a lei. A Procuradoria no Distrito Federal recomendou à Anvisa, no mês passado, que suspendesse os registros dos produtos liberados com base na nova interpretação e readequasse seus procedimentos. Se a diretoria da Anvisa não acatar a recomendação, afirmou o procurador Carlos Henrique Martins Lima, o Ministério Público Federal acionará a agência na Justiça. O prazo para a Anvisa responder ao Ministério Público Federal terminou quinta-feira, mas a agência pediu mais tempo ao procurador. Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/poder/102571-liberacao-de-agrotoxicos-foi-irregular-diz-procuradoria.shtml

quarta-feira, 27 de março de 2013

Teoría de la Troika de la Sostenibilidad


La Teoría de la Troika de la Sostenibilidad, el nombre acuñado por SANTOS GRACCO (www.abraao.com / articles / administrador) para defender la historia de este siglo es la premisa de que el desarrollo de sus eventos están estrechamente relacionados con el suministro de la civilización la demanda de agua, alimentos energéticos. Así, "La idea de la sostenibilidad tiene muchas dimensiones y asume la capacidad de las civilizaciones, sociedades y organizaciones a las prolongadas y evitar el colapso. Un concepto amplio de la sostenibilidad abarca aspectos ambientales y ecológicos, demográficos, culturales, sociales, políticos e institucionales: la sostenibilidad ecológica: se refiere al proceso de la base de conocimientos y su objetivo es mantener existencias de capital natural incorporado en las actividades productivas. Desde la perspectiva de la ecología integral y transdisciplinario, cubre todas las facetas en las que se ramifican. Sostenibilidad ambiental: Se refiere al mantenimiento de la capacidad de carga de los ecosistemas y su restauración en caso de interferencias antropogénicas. Sostenibilidad social: tiene por objeto mejorar la calidad de la vida humana. Implica la adopción de políticas redistributivas y la atención universal de la salud, la educación, la vivienda y la equidad social. Sostenibilidad política: se refiere al proceso de construcción de ciudadanía y tiene como objetivo incorporar a las personas al proceso de desarrollo. Sostenibilidad económica: implica la gestión eficiente de los recursos y se caracteriza por la regularidad de los flujos de inversión, la evaluación de la eficiencia de los procesos macrosociales. Sostenibilidad demográfica: revela los límites de la capacidad de carga del territorio y sus recursos, relacionando los escenarios de crecimiento económico a tasas demográficas y la composición por edad de la población económicamente activa. Cultural sostenibilidad: se refiere a la capacidad de mantener la diversidad de culturas, valores y prácticas del planeta, en el país o en una región. Sostenibilidad institucional: es capaz de fortalecer la ingeniería institucional resistir, adaptarse y resistir las presiones. Sostenibilidad Espacio: buscando la equidad en las relaciones interregionales. Además de estos, hacemos hincapié en la sostenibilidad del suministro, la sostenibilidad con respecto a los alimentos, el agua y la energía. Sin un suministro sostenible de agua, alimentos y energía, no tienen gente, ciudades, sociedades y civilizaciones "(Ribeiro, Mauricio Andrés Origins desarrollo sostenible de la minería en Brasil:.. Ideas y prácticas en:. PADUA, José Augusto (ed. ) El desarrollo, la justicia y el medio ambiente Belo Horizonte: Editora UFMG, São Paulo: Peirópolis, 2009, p 65-66).

Troika Theorie der Nachhaltigkeit


Die Troika Theorie der Nachhaltigkeit, Namen SANTOS Gracco (www.abraao.com / articles / Administrator) geprägt, um die Storyline für dieses Jahrhundert zu verteidigen, ist die Prämisse, dass die Entfaltung ihrer Veranstaltungen eng mit der Versorgung der zivilisatorische verbunden Anforderungen für Wasser-, Energie-Lebensmitteln. So "Die Idee der Nachhaltigkeit hat viele Dimensionen und übernimmt die Fähigkeit der Kulturen, Gesellschaften und Organisationen, um langwierige und vermeiden Zusammenbruch. Ein umfassendes Konzept der Nachhaltigkeit umfasst Umwelt-und ökologischen Dimensionen, demografischen, kulturellen, sozialen, politischen und institutionellen: Ökologische Nachhaltigkeit: bezieht sich auf den Prozess der Wissensbasis und zielt darauf ab, natürlichen Kapitalstock zu halten eingebaut in produktive Aktivitäten. Aus der Sicht der Integral-und transdisziplinäre Ökologie, deckt alle Facetten, in denen sie sich verzweigen. Ökologische Nachhaltigkeit: Bezieht sich auf die Aufrechterhaltung der Tragfähigkeit der Ökosysteme und deren Wiederherstellung im Angesicht der anthropogene Störung. Soziale Nachhaltigkeit: zielt auf die Verbesserung der Qualität des menschlichen Lebens. Impliziert die Annahme von Politiken und Umverteilungs universellen Gesundheitsversorgung, Bildung, Wohnen und soziale Gerechtigkeit. Nachhaltigkeitspolitik: bezieht sich auf den Prozess des Aufbaus Staatsbürgerschaft und zielt darauf ab, Menschen in den Entwicklungsprozess zu integrieren. Wirtschaftliche Nachhaltigkeit: bedeutet effizientes Management von Ressourcen und wird von Ordnungsmäßigkeit der Investitionsströme gekennzeichnet, die Beurteilung der Effizienz der makrosoziale Prozesse. Demographische Nachhaltigkeit: es zeigt die Grenzen der Belastbarkeit des Territoriums und seiner Ressourcen, indem die Szenarien des Wirtschaftswachstums auf den demografischen Raten und die Altersstruktur der Erwerbsbevölkerung. Kulturelle Nachhaltigkeit: bezieht sich auf die Fähigkeit, die Vielfalt der Kulturen, Werte und Praktiken auf dem Planeten zu halten, auf dem Land oder in einer Region. Institutionelle Nachhaltigkeit: Es ist in der Lage, Stärkung der institutionellen Engineering ertragen, anzupassen und zu widerstehen Druck. Raum Nachhaltigkeit: Suche nach Gerechtigkeit in der interregionalen Beziehungen. Neben diesen, betonen wir die Nachhaltigkeit der Versorgungssicherheit, der Nachhaltigkeit in Bezug auf Nahrung, Wasser und Energie. Ohne eine nachhaltige Versorgung mit Wasser, Nahrung und Energie, nicht halten Menschen, Städte, Gesellschaften und Kulturen "(Ribeiro, Mauricio Andrés Origins Bergbau nachhaltige Entwicklung in Brasilien:.. Ideen und Praktiken. In: PADUA, José Augusto (ed. ..) Entwicklung, Gerechtigkeit und die Umwelt Belo Horizonte: Editora UFMG; São Paulo: Peirópolis, 2009, S. 65-66)..

Troika Theory of Sustainability

The Troika Theory of Sustainability, name coined by SANTOS GRACCO (www.abraao.com / articles / administrator) to defend the storyline for this century is the premise that the unfolding of its events are closely linked to the supply of civilizational demands for water, energy foods. Thus "The idea of ​​sustainability has many dimensions and assumes the ability of civilizations, societies and organizations to protracted and avoid collapse. A broad concept of sustainability encompasses environmental and ecological dimensions, demographic, cultural, social, political and institutional: Ecological Sustainability: refers to the process of knowledge base and aims to maintain natural capital stocks incorporated into productive activities. From the perspective of integral and transdisciplinary ecologies, covers all facets in which they ramify. Environmental sustainability: Refers to maintaining the carrying capacity of ecosystems and their restoration in the face of anthropogenic interference. Social sustainability: aims at improving the quality of human life. Implies the adoption of policies and redistributive universal health care, education, housing, and social equity. Sustainability policy: refers to the process of building citizenship and aims to incorporate individuals to the development process. Economic sustainability: implies efficient management of resources and is characterized by regularity of investment flows, evaluating the efficiency of macrosocial processes. Demographic sustainability: it reveals the limits of the carrying capacity of the territory and its resource base by relating the scenarios of economic growth to demographic rates, and the age composition of the economically active population. Cultural sustainability: relates to the ability to maintain the diversity of cultures, values ​​and practices on the planet, in the country or in a region. Institutional sustainability: it is able to strengthen institutional engineering endure, adapt and resist pressures. Space Sustainability: seeking fairness in inter-regional relations. Besides these, we emphasize the sustainability of supply, sustainability with respect to food, water and energy. Without sustainable supply of water, food and energy, do not hold people, cities, societies and civilizations. "(Ribeiro, Mauricio Andrés. Origins mining sustainable development in Brazil: ideas and practices. In: PADUA, José Augusto (ed. ). Development, justice and the environment. Belo Horizonte: Editora UFMG; São Paulo: Peirópolis, 2009, p. 65-66).

Teoria Tróika da Sustentabilidade

A Teoria Tróika da Sustentabilidade, denominação cunhada por  SANTOS GRACCO (www.abraao.com/artigos/administrador) ao defender que o enredo para o presente século XXI será a premissa segundo a qual os desdobramentos de seus acontecimentos estarão intimamente ligados ao suprimento civilizacional das demandas de àgua, energia a alimentos. Desse modo “A ideia de sustentabilidade tem várias dimensões e supõe a habilidade de civilizações, sociedades e organizações para perdurar no tempo e evitar o colapso. Uma noção ampla de sustentabilidade abrange as dimensões ecológica e ambiental, demográfica, cultural, social, política e institucional: Sustentabilidade ecológica: refere-se à base do processo de conhecimento e tem como objetivo manter estoques de capital natural incorporados às atividades produtivas. Pela perspectiva integral e transdisciplinar das ecologias, abrange todas as facetas nas quais elas se ramificam. Sustentabilidade ambiental: refere-se à manutenção da capacidade de sustentação dos ecossistemas e de sua recomposição diante das interferências antrópicas. Sustentabilidade social: tem como  objetivo a melhoria da qualidade de vida humana. Implica a adoção de politicas distributivas e a universalização do atendimento à saúde, à educação, à habitação, e à  equidade social. Sustentabilidade política: refere-se ao processo de construção de cidadania e visa incorporar os indivíduos ao processo de desenvolvimento. Sustentabilidade econômica: implica uma gestão eficiente dos recursos e caracteriza-se pela regularidade de fluxos de investimento, avaliando a eficiência por processos macrossociais. Sustentabilidade demográfica: revela os limites da capacidade de suporte do território e de sua base de recursos, relacionando os cenários de crescimento econômico às taxas demográficas, à composição etária e à população economicamente ativa. Sustentabilidade cultural: relaciona-se com a capacidade de manter a diversidade de culturas, valores e práticas no planeta, no país ou em uma região. Sustentabilidade institucional: trata-se de fortalecer engenharias institucionais capazes de perdurar no tempo, adaptar-se e resistir a pressões. Sustentabilidade espacial: busca equidade nas relações inter-regionais. Além dessas, enfatizamos a sustentabilidade do abastecimento, que diz respeito à sustentabilidade alimentar, hídrica e energética. Sem o suprimento sustentável de água, alimentos e energia, não se sustentam pessoas, cidades, sociedades e civilizações.” (RIBEIRO, Maurício Andrés. Origens mineiras do desenvolvimento sustentável no Brasil: ideias e praticas. In: PÁDUA, José Augusto (org.). Desenvolvimento, justiça  e meio ambiente. Belo Horizonte: Editora UFMG; São Paulo: Peirópolis, 2009, p. 65-66).

quinta-feira, 7 de março de 2013

Aproveitamento gas metano - REDUC

Aterro de Gramacho será reaproveitado ao gerar energia do lixo Aterro na Baixada Fluminense teve atividades encerradas em junho de 2012. Empresa deve fornecer para refinaria 70 milhões de m³ de biogás por dia.

Cidades Turisticas Mais Sujas. Multar e a solucao!

http://exame.abril.com.br/meio-ambiente-e-energia/sustentabilidade/noticias/as-cidades-turisticas-que-tem-fama-de-sujinhas-no-mundo

As cidades turísticas que têm fama de “mais sujas” do mundo

Para os viajantes, esses destinos turísticos deixam a desejar no quesito limpeza de ruas e praças. Voto popular foi feito através do site TripAvisor para 40 destinos. As cidades listadas abaixo levaram nota inferior a 7